Criando a rotina de se exercitar diariamente, durante semanas ou meses, e aumentar gradualmente a duração e a intensidade de sua caminhada, você verá uma melhora do desempenho do organismo. Com isso, pode-se afirmar que o treinamento é sempre gradativo, levando o organismo a se adaptar a estímulos cada vez mais fortes, seja nível de volume ou de intensidade do treinamento.
Chegar ao nível olímpico não é tão simples. Por trás da formação de um atleta olímpico existe uma equipe formada por uma série de profissionais competentes que intervêm em vários aspectos como os nutricionais, técnicos, táticos, psicológicos, fisiológicos e biomecânicos. Para chegar ao nível que os atletas olímpicos atingiram, a ciência do esporte refinou seus saberes em relação aos conhecimentos gregos do passado. Os cientistas do esporte e técnicos têm hoje um conhecimento muito mais aprofundado e fundamentado em pesquisas científicas para ajudar atletas a controlarem seu desenvolvimento muscular e metabólico nas 29 modalidades praticadas nas olimpíadas.
O acesso a tecnologias mais avançadas, como tênis que realizam uma série de cálculos por segundo para adaptar o pé ao solo em que se encontra, roupas que diminuem o atrito com a água ou ar e várias outras novas tecnologias empregadas, melhoram a performance do atleta durante a prova. Outro fator muito importante é sem dúvida a parte psicológica do atleta, a qual estudos já comprovaram ser fundamental para a realização no rendimento do atleta durante a competição. Psicólogos do esporte hoje têm o conhecimento de que qualquer fator psicológico pode mudar o rendimento de um atleta durante a prova, como a ansiedade gerada por uma noite mal dormida ou a motivação para a final do dia seguinte.
Os atletas olímpicos também contam com profissionais da área de biomecânica, engenheiros e técnicos para poderem alcançar marcas jamais alcançadas antes, chegar a vitórias e superar recordes. Nesse aspecto, o Brasil conta com Centros de Excelência Esportiva (Cenesp), que são laboratórios destinados ao estudo dos esportes e é onde os cientistas dão suporte científico para a melhoria do treinamento do atleta. Esses laboratórios contam com uma série de aparelhos que diagnosticam a performance do avaliado.
Um exemplo é o ergoespirômetro, que tem como função avaliar índices fisiológicos como limiares ventilatórios, capacidade cardiopulmonar e tolerância do esforço máximo. Esses instrumentos de alta precisão tecnológica, como ergômetros para braços e pernas, medidor de ácido lático sanguíneo, analisadores dos gases expirados e outros equipamentos portáteis são utilizados para avaliação em laboratório e no campo, respeitando a especificidade da modalidade praticada. Após a realização de testes, perguntamo-nos como essa “parafernalha tecnológica” ajudará atletas olímpicos a superar seus índices?
A evolução da ciência do esporte contribuiu imensamente para o desenvolvimento tecnológico de equipamentos de avaliação e acessórios esportivos, suplementos alimentares proporcionando o desenvolvimento científico de informações importantíssimas para que o técnico realize o melhor tipo de treinamento para seu atleta alcançar níveis de rendimento máximo. Esse casamento entre a ciência e a prática faz com que o cientista do esporte e o técnico tornem-se aliados na criação de um atleta de ponta.
Existem estudos que mostram o crescente interesse de pesquisadores e profissionais na busca de evidências do método Pilates aplicado em diversos âmbitos para auxiliar os atletas olímpicos. Desde a determinação do custo energético de sessões de Pilates (OLSON et al., 2004), registro da atividade eletromiográfica de músculos envolvidos em seus exercícios específicos (ESCO et al., 2004), comparação entre os seus efeitos sobre a força, flexibilidade e composição corporal aos de um programa de treinamento contra resistência convencional (OTTO et al., 2004), mapeamento de respostas cardiovasculares em alguns de seus exercícios (SCHROEDER et al., 2002), ação sobre o equilíbrio (HALL et al., 1999), efeitos sobre a dor lombar (GRAVES et al., 2005), até mesmo seus efeitos sobre a velocidade de atletas (SEWRIGHT et al., 2004), capacidade e habilidade de salto em ginastas de elite (HUTCHINSON et al., 1998) e postura de bailarinas (MCMILLAN et al., 1998) são alguns dos exemplos dos diversos estudos que têm sido empreendidos.
Ainda assim, há uma enorme lacuna que somente será preenchida com o investimento em novos estudos. Considerando a expansão do método no ambiente fisioterapêutico, do condicionamento físico e do treinamento de atletas, necessário se faz a determinação de meios de melhor controle e do estabelecimento de cargas, caracterização da ação e do envolvimento muscular nos seus diversos exercícios, efeitos de um programa básico, intermediário e avançado sobre parâmetros da aptidão física, atuação sobre desvios posturais, dentre diversos outros.
Por trás de um grande atleta existe muita tecnologia, ciência e pesquisa.
Há muitos anos o Pilates vem ajudando atletas tanto na melhora de performance quanto na recuperação de traumas, devido a manutenção de força e flexibilidade no periodo de recuperação da parte lesionada. A melhora de performance acontece devido a melhora da eficiência do movimento. Um movimento mais eficiênte pela sua mecânica correta tem um desgaste calórico menor, fazendo com que o atleta possa manter a mesma performance por um período mais prolongado.
Há também um desgaste muscular menor levando a um aumento da potência e da resistência muscular, diminuindo os movimentos compensatórios responsáveis pela maioria das lesões.
Além disso o Pilates vai fortalecer o centro do corpo, o abdomem e os músculos de sustentação da coluna, retreinando o corpo para começar os movimentos pelo centro que estará mais forte e melhor organizado. Tudo isso aliado a melhora da propriocepção e equilibrio junto com a flexibilidade poderão fazer a diferença entre o primeiro e segundo lugar!
Dentre os esportes que podem se beneficiar, estão: Atletismo, Ballet, Basquete, Beisebol, Equitação, Futebol, Ginástica Artística, Golf, Natação, Patinação, Triathlon, Vôlei, e muitos outros...
Já existem cursos de Pilates específicos para ginastas e bailarinos, para jogadores de Golf ou para Equitação. Algumas equipes de Vôlei e Basquete colocaram o Pilates de solo como parte do treinamento com um ótimo resultado.
Imagine um corredor que a cada passada aumenta um centímetro devido a uma melhora na flexibilidade. No término da prova estará metros a frente sem ter alteradado na velocidade ou força! Some a isso uma melhor respiração, ombros mais soltos e relaxados… o resultado poderá ser surpreendente!
Mas lembre-se, procure sempre a ajuda de um profissional qualificado. Muitos assistem fitas ou DVDs de Pilates e acabam se lesionando por não estar realizando corretamente os movimentos, sem falar que Pilates é muito mais do que o movimento em si, Pilates é um conjunto de princípios desde como respirar e como se conectar com o seu próprio corpo!
Fonte: saudeesportiva.com.br, efdeportes.com, Keila Elizabeth Fontana e cintiamarski.org